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Devaneios #3 - Como você come, Brad Pitt, vilões e mais...
Devaneios #3 - Como você come, Brad Pitt, vilões e mais…
Qual a relação entre a maneira de comer e a sua personalidade ou com o momento que você vive?
Me peguei pensando nisso quando, nesse domingo, estive almoçando com calma, sem pressa nenhuma.
E na hora eu me lembrei de quando eu ainda estava na CLT ou construindo a minha empresa, comer rápido e de forma quase “apreensiva” era algo comum.
(Deve ser por isso que os ricos vão naqueles restaurantes caros, com pratos minúsculos e ficam por bastante tempo se deliciando)
Como o teu momento emocional define as outras partes da sua vida…
Fiquei pensando o quanto isso pode ser utilizado como parte de “mindblowing” (ou da escala de consciência) de marketing.
Fazer essa comparação. Mostrar como que comer tranquilo te mostra ter uma vida tranquila.
Qual foi a última vez que isso de fato aconteceu com você? Quando foi que você pode comer sem pressa? Fazer as coisas sem pressa? - Isso é… Se aconteceu alguma vez.
Como deve ser bom poder viver a vida no x1.
Sem querer, acabei caindo em um vídeo sobre a relação da comida e do cinema.
Os roteiristas se utilizam dessas cenas de comida para trazer profundidade aos personagens e, principalmente, fazer com que o público os enxerguem como “reais”.
Tem uma correlação, inclusive, sobre o Brad Pitt comendo nos filmes e a maneira com que ele devora as coisas tem total relação com a construção do personagem.
Por exemplo, em “O Homem que mudou o Jogo” ele está sempre comendo de forma rápida, direta e quase apreensiva.
Em “Encontro Marcado”, ele se deliciando com a comida.
Ou em Clube da Luta que ele nunca come porque… ah, você sabe.
A comilança é tanta que fizeram um estudo e conseguiram descobrir que quanto mais caloria ele come durante o filme, maior a arrecadação em bilheteria do filme.
A relação comida com cinema é bastante subjetiva, mas está sempre por lá.
Vilões estão sempre bebendo leite - um paradoxo maluco que os tornam mais tenebrosos, contrariando a inocência do leite com a personalidade que eles tem.


Isso é, no mínimo, curioso. E só me prova o quanto ainda existe caminho para nós do marketing pensarmos e atribuirmos ao nosso storytelling.
Passei os últimos dias fazendo a concepção de um dos maiores lançamentos que já fiz na vida…
Cada dia fica mais claro para mim que uma concepção bem feita tem o poder de mudar um projeto para sempre - e mudar a vida dos envolvidos.
Dessa vez foi um pouco mais complexo para construir, porque precisávamos encontrar alguma tese realmente fora do comum, mas mais do que isso, precisávamos desenhar algum “momento de mercado” que definisse o “porquê agora” de algo que demanda longo prazo.
Encontramos. Saímos satisfeitos com o que construímos e algumas coisas ficaram claras:
→ Às vezes, a primeira ideia é a melhor.
A verdade é que passamos vários dias buscando alguma coisa nova, quando, na verdade, só precisávamos melhorar a primeira ideia.
→ Tenha processos
Eu diria que o 80/20 de qualquer negócio está aqui.
Por ter processos, eu sabia exatamente o que procurar, o que eu tava buscando e como precisava encontrar.
→ Sem preguiça pra pesquisa
Absolutamente tudo deve sair daqui. Sem bons inputs, dificilmente você terá bons outputs.
Tenha um processo de pesquisa.
Pesquisa de mercado, pesquisa de concorrente, pesquisa de personalidade, pesquisa de oferta, pesquisa de tema. Absolutamente tudo deve ser mapeado.
Não tenha preguiça de pesquisar.
Pesquisa para nós é como afiar o machado. É a forma mais inteligente de conseguir o resultado desejável (derrubar uma árvore ou ter ROI 10)
→ Checklist da Concepção
Uma ideia pode surgir do nada e é ótimo que elas surjam.
Mas quando você trabalha desenvolvendo novas ideias todos os dias, você precisa seguir um passo a passo - e isso tem relação com o ponto anterior dos processos.
Mas para te ajudar aqui, vou deixar um pequeno checklist que pode te ajudar quando for construir uma ideia que vende.
PÚBLICO
Quais são os públicos que vamos atacar?
Quais os medos dele?
O que ele deseja conquistar?
Quais as crenças internas e externas dele?
Com o que ele se identifica e o que ele afirma pra si mesmo?
CONCEPÇÃO DA IDEIA
✔️ Promessa Genérica (alguma que seja a base de todas as outras)
✔️ Mecanismo (Aquilo que faz a sua solução ser diferente de qualquer coisa)
✔️ Momento do Mercado (“Por que agora?” - O que está acontecendo que faça o seu lead agir agora?)
✔️ Inimigo em Comum (Inimigos precisam ser antagonistas, não necessariamente vilões)
BASE
🟢 Qual a tese central?
🟢 Qual a causa mestre dessa campanha?
🟢 Qual movimento vamos criar?
🟢 Defina os marcos da campanha (isso merece um conteúdo exclusivo para falar disso com mais detalhes).
💡 Li-Vi-Ouvi
📚 Li - Investindo em Ações no Longo Prazo: O Guia Indispensável do Investidor do Mercado Financeiro do Jeremy Siegel. Foi um dos livros que usei para fazer a pesquisa e eu realmente entendi o motivo dele ser tão bem falado.
🎬 Vi/Ouvi - Podcast com o Max Peters que foi muito além de inteligência artificial.
Quem é Matheus Leite?
Marido, pai, empreendedor, escritor e algumas coisinhas mais.
Um quase-futuro-advogado frustrado que viu no marketing um caminho mais feliz. Entre todas as coisas, escrevo para vários players do mercado digital e sou sócio de alguns outros.